Guia Definitivo sobre Elevadores, seus componentes e mecanismos.
Vamos aprender um pouco mais sobre Elevadores? Então mãos a obra!
Por incrÃvel que pareça, o princÃpio básico é o mesmo desde que a máquina foi inventada, 150 anos atrás: o Elevador fica ligado a um contrapeso por meio de cabos e polias, movidas por um motor que torna possÃvel o sobe e desce vertical. É claro que hoje os modelos mais atuais contam com vários recursos, tudo para garantir a segurança e a rapidez no transporte de pessoas: freios de emergência, um computador que calcula o caminho mais lógico a ser percorrido pela cabine e sensores que impedem o fechamento quando há pessoas no caminho. Num primeiro momento, a gente pode considerar o elevador uma invenção supérflua. Mas é só parar e pensar um pouquinho para ver que é justamente o contrário, os urbanistas costumam afirma, que sem estas máquinas, não existiriam as grandes Metrópoles.
Para qualquer instalação de Elevador é necessária obedecer algumas normas técnicas, entre as principais podemos citar:
O Elevador convencional de um modo geral é composto por 6 conjuntos básicos, conforme segue:
E como na prática cada uma destas partes funciona?
Os Quadros de Comando são responsáveis por toda a lógica de controle, gerenciando o sistema e processando as informações de todos os comandos do equipamento. É constituÃdo de bobinas, relês, transformadores, chaves de força, inversor de frequência, e placas de circuitos eletrônicos. Ele funciona como o cérebro do seu Elevador.
Em Elevadores antigos os Quadros de Comando consomem um alto Ãndice de energia elétrica, tem custos elevados com a troca de peças (algumas não são mais fabricadas e sim recondicionadas) e geralmente possuem paralisações frequentes. Com o avanço tecnológico, os novos Quadros de Comando possibilitam uma economia de energia de até 40% e reduzem custos de manutenção dos equipamentos, pois o desgaste dos elementos mecânicos do Elevador é menor. Além disso aumenta o desempenho, a eficácia e a segurança do sistema como um todo.
A Máquina de Tração é o conjunto que tem a finalidade de realizar a força no transporte vertical. Ela é constituÃda de um motor elétrico e máquina de tração, no sistema de tração possui uma coroa sem fim, redutor, freio eletromecânico (a disco ou a tambor), polia de tração e cabos de tração. A mesma é responsável pleo movimento do Elevador, é ligada à cabine e ao contrapeso através dos cabos de aço de tração. Além do freio normal que a máquina possui, o Elevador ainda é dotado de um freio de segurança adicional para situações de emergência.
Este freio de segurança é um dispositivo fixado na armação do carro e em alguns casos também na bateria de contrapeso, o mesmo é destinado a pará-los em caso de sobre velocidade ou queda livre, seja de maneira instantânea ou progressiva, ele se prende as guias, pelas quais desliza a cabina, quando acionado mecanicamente pelo limitador ou regulador de velocidade nominal do equipamento.
O limitador ou regulador de velocidade é um importante dispositivo de segurança do Elevador, ele aciona o freio sob a cabina em situações de emergência. Quando a velocidade do carro ultrapassa 15% de sua velocidade normal, ele desliga o motor de tração do Elevador, e se mesmo assim o mecanismo percebe que a cabine continua acelerando, quando a mesma chegar em 25% da velocidade nominal de movimento da cabine, ele trava a cabine nas guias, contendo assim o movimento da mesma.
Com o constante funcionamento, o desgaste dos componentes pode comprometer o funcionamento do dispositivo, em virtude do atrito constante do cabo de aço com a polia, de desgastes da mola e roldana, e ou violação do lacre. A manutenção deste componente deve ocorrer em prevenção a situações de risco dos passageiros por paralisações repentinas, ocasionadas pelo acionamento indevido do freio de segurança. É responsabilidade da empresa de manutenção do equipamento realizar o teste periodicamente neste item e avaliar possÃveis reparos no sistema, e, em alguns casos a troca completa do limitador de velocidade. Prevenindo assim problemas como a supervelocidade no percurso e trepidações da cabine.
O contrapeso consiste em uma armação metálica formada por duas longarinas e dois cabeçotes, onde são fixados pesos (intermediários), de tal forma que o conjunto tenha peso total igual ao do carro acrescido de 40 a 50% da capacidade licenciada.
Tanto a cabina como o contrapeso deslizam pelas guias (trilhos de aço do tipo T), através de corrediças. As guias são fixadas em suportes de aço, os quais são chumbados em vigas, de concreto ou de aço, na caixa. O carro e o contrapeso são suspensos por cabos de aço ou novos elementos de tração que passam por polias, de tração e de desvio, instaladas na casa de máquinas ou na parte superior da caixa.
O movimento de subida e descida do carro e do contrapeso é proporcionado pela máquina de tração, que imprime à polia a rotação necessária para garantir a velocidade especificada para o elevador. A aceleração e o retardamento ocorrem em função da variação de corrente elétrica no motor.
A Cabine é montada sobre uma plataforma (base para o piso da cabine), em uma armação de aço constituÃda por duas longarinas horizontais fixadas em cabeçotes (superior e inferior). Este conjunto cabina, armação e plataforma denomina-se carro. Internamente pode ser revestida em vários materiais, tais como aço inox escovado, chapa pintada e ou fórmica. O embelezamento pode ser complementado com sub teto personalizado, iluminação em LED, espelho e piso em granito ou mármore.
As Portas de Pavimento são de Eixo Vertical (elevadores antigos, plataformas e elevadores unifamiliares) e ou Automáticas (com abertura lateral e ou central) com duas ou mais folhas de porta. Elas abrem e fecham graças a um sistema de braços mecânicos movidos por um pequeno motor. Os Elevadores mais modernos possuem sensores infravermelhos que só permitem que a porta automática se feche quando todo mundo está dentro da cabine. Em alguns modelos quando o limite de capacidade interna do Elevador é ultrapassado, o sensor é acionado e o equipamento não parte por motivo de segurança.
Tanto as Botoeiras de Pavimento como de Cabina são construÃdas em diversos materiais, mas os principais são o aço inox escovado e vidro. Podem também ser de “sobrepor†ou o modelo tradicional de caixa embutida na alvenaria, para fixação externa diretamente no mármore ou granito sem causar danos aos mesmos. Elas são as responsáveis em levar a chamada acionada até o Quadro de Comando para que o Elevador se movimente e atenda o passageiro solicitado. Também existe uma normatização a ser seguida, principalmente em projetos de Modernização, onde a adequação para a acessibilidade é fundamental. Atualmente na parte de customização de Botoeiras existem diversos modelos, gravações personalizadas com o nome do EdifÃcio, interfone, relógio digital, entre outros, onde o sÃndico pode escolher a melhor opção junto ao condomÃnio.
Após este turbilhão de informações, esperamos que você SÃNDICO E OU RESPONSÃVEL PELA MANUTENÇÃO conheça um pouco mais do funcionamento deste equipamento incrÃvel e tão necessário nos dias atuais, e que de certa forma não fique refém das empresas de manutenção, confiando plenamente em tudo que é recomendado a fazer, seja em reparos, reformas e ou modernizações.
A recomendação é sempre exigir das empresas prestadoras de serviço de manutenção um Laudo Técnico com o estado atual dos componentes citados ao longo do texto, ele pode ser realizado pelo menos uma vez ao ano, e dará uma visão geral dos equipamentos.
Em alguns casos, se o sÃndico perdeu a confiança no seu prestador de serviço de manutenção nos elevadores, indicamos a contratação de uma Consultoria Independente para realizar esta avaliação e gerar o Laudo, pois por se tratar de uma empresa independente e neutra, com certeza, fornecerá o panorama “real†dos Elevadores. Desta forma, o sÃndico poderá tomar as ações necessárias junto aos seus Elevadores, evitando assim paralisações, chamados excessivos e alto custo com peças.
Caso deseje saber mais, leia nosso artigo Uso do Elevador, Conheça 7 cuidados que você deve ter com o Elevador e saiba mais!
4 Comentários
Muito bom mesmo.
Ilustrativo e didático. Parabéns.
*Gostaria d e saber qual o tempo de duração/troca por desgaste dos cabos do elevador?*
Olá, não existe um tempo de duração especÃfico, tudo vai depender do uso do Elevador e suas condições. A empresa de manutenção deve monitorar este item de perto e fornecer um parecer técnico anualmente ao condomÃnio sobre as condições dos cabos, assim é possÃvel acompanhar e conseguir se programar para quando chegar o momento da troca, visto que é um valor bem elevado para realização do serviço. Obrigado!